sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Desionização da água

Permuta iónica ou desionização da água

A permuta iónica, ou desionização é uma técnica muito utilizada em laboratório para produzir água purificada, quando necessária.

Como funciona a permuta iónica?

A permuta iónica consiste na troca de iões de hidrogénio por contaminantes catiónicos, e iões de hidróxilo por contaminantes aniónicos presentes na água de alimentação. Os leitos de resinas de permuta iónica são formados por pequenos grânulos esféricos, através dos quais passa a água de alimentação. Sendo assim, ao fim de algum tempo, os aniões e catiões presentes na água de alimentação são removidos pelas resinas de permuta iónica e substituídos por iões de hidrogénio e hidróxilo da resina. Os iões de hidrogénio e de hidróxilo combinam-se para formar moléculas de água.
Um outro aspecto importante a referir em relação a este processo de permuta iónica é que, esta deve ser usada juntamente com filtros se desejarmos obter uma água isenta de partículas, uma vez que pode haver certos fragmentos dos materiais de resina de permuta iónica que podem ser expelidos do cartucho pela água que passa através do mesmo. Por sua vez, os cartuchos se não forem usados regularmente podem ficar contaminados, pelo que este problema é atenuado pela recirculação frequente da água para inibir o desenvolvimento de bactérias e pela substituição ou regeneração regular das resinas, já que os químicos regenerantes são desinfectantes poderosos.
Em conclusão, a permuta iónica traz também consigo algumas limitações, uma vez que esta apenas remove compostos orgânicos polares da água e os orgânicos dissolvidos podem “sujar” os grânulos de permuta iónica, reduzindo a sua capacidade. Assim, quando é necessária água pura em termos orgânicos e inorgânicos, a combinação de osmose inversa (outro método de purificar a água) seguida de permuta iónica é mais efectiva.

Hemodiálise

O que é a Hemodiálise?

A hemodiálise é um procedimento por meio do qual se extrai o sangue do corpo e se faz circular através de um aparelho externo denominado dialisador. Através da hemodiálise são retiradas do sangue substâncias que quando em excesso trazem prejuízos ao corpo, como a ureia e a creatinina. A hemodiálise é realizada em pacientes portadores de insuficiência renal crónica ou aguda, já que nesses casos o organismo não consegue eliminar tais substâncias referidas devido à falência dos mecanismos excretores renais.

Como funciona o processo da Hemodiálise?

A hemodiálise é feita com a ajuda de um dialisador (capilar ou filtro). O filtro é constituído por dois compartimentos: um por onde circula o sangue e outro por onde passa o dialisato. Esses compartimentos são separados por uma membrana semipermeável, sendo o fluxo de sangue e do dialisato contrários, de modo a permitir maximizar a diferença de concentração dos solutos em toda a extensão do filtro. Na hemodiálise, o sangue sai por um tubo ligado à fístula arteriovenosa (A-V) e bombeia-se para o dialisador. Durante o procedimento, utiliza-se a heparina, um medicamento que evita a coagulação do sangue e impede que coagule no dialisador. Dentro do dialisador, a membrana semipermeável, referida anteriormente, separa o sangue do líquido (dialisato), cuja composição química é semelhante aos líquidos normais do corpo. Como a pressão no compartimento do líquido de diálise é mais baixa do que a do compartimento do sangue, ocorre a filtração, através da membrana, do líquido, dos produtos residuais e das substâncias tóxicas do sangue. Sendo assim, posteriormente a este processo, o sangue dialisado (purificado) é devolvido ao organismo.
Nota: A solução de diálise contém solutos (Na, K, bicarbonato, Ca, Mg, Cl, acetato, glicose, pCO2) que irão entrar em equilíbrio com o sangue durante o processo dialítico, mantendo assim a concentração sérica desses solutos dentro dos limites normais.

É importante ressaltar que a água usada durante a diálise deve ser tratada e sua qualidade monitorada regularmente. A presença de compostos orgânicos (bactérias) e inorgânicos (Al, Flúor, Cloramina, etc.) podem causar sintomas durante a hemodiálise ou induzir alterações metabólicas importantes.
A máquina de hemodiálise mantém o controlo total sobre o dialisato, como nível de condutividade e temperatura da solução, afim de evitar possíveis complicações durante o tratamento.

Mas como é retirado o sangue do corpo do paciente durante este processo?
A hemodiálise é feita por um tubo (cateter) que é colocado em uma veia grossa que é o acesso vascular para hemodiálise. É o que permite a retirada e a devolução do sangue para a pessoa. O tipo mais frequente de acesso vascular é a fístula. Consiste numa ligação entre uma artéria e uma veia através de uma pequena cirurgia. Esta ligação permitirá a colocação de duas agulhas por onde o sangue sairá para o dialisador e depois será devolvido para a pessoa.

Duração da Hemodiálise:

Uma sessão convencional de hemodiálise tem, em média, duração de 4 horas e frequência de 3 vezes por semana. Entretanto, de acordo com as necessidades de cada paciente, a sessão de hemodiálise pode durar 3 horas e meia ou até mesmo 5 horas, e a frequência pode variar de 2 vezes por semana até hemodiálise diária para casos selectos.

Quais são os medicamentos usados na hemodiálise?
Vitaminas:
Algumas vitaminas perdem-se durante a diálise. A ingestão de vitaminas repõe o seu nível.
Acetato ou Carbonato de Cálcio: Fornece um suplemento de cálcio, além de evitar a absorção do fósforo e diminui a acidose do sangue. Reduzindo a absorção de fósforo evita-se a doença óssea do doente renal.
Ferro:Para melhorar a anemia.
Eritropoetina: Para aumentar a produção de glóbulos vermelhos pela medula óssea e corrigir a anemia.
Vitamina D activada (calcitriol): Para aumentar a absorção intestinal de cálcio e melhorar a mineralização dos ossos.
Anti-hipertensivos: Os pacientes com hipertensão arterial que não baixa depois da sessão de diálise necessitam de medicação para controlá-la.
O médico indicará qual é o mais adequado para cada paciente. Qualquer desses medicamentos, até os considerados mais inócuos, tomados sem controlo médico, pode ter efeitos desastrosos. Por isso, é imprescindível que cada paciente siga as instruções de seu médico.

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

olá a todos!
estes últimos trabalhos publicados foram feitos juntamente com a minha irmã,daí que a informação contida no seu blog(www.gemyanita.blogspot.com) seja semelhante á minha.
A nossa pesquisa tem sido feita de modo a encontrar informação que possa esclarecer qualquer pessoa sobre estes assuntos!
Esperamos, pois que disfrutem dos blogs das manitas Rodrigues!

O que são leveduras?

As leveduras reproduzem-se assexuadamente multiplicado-se por gemulação, processo pelo qual na superfície da célula adulta (célula mãe) desenvolve-se uma pequena saliência (célula-filha) que se transformará numa nova célula

As leveduras são capazes de crescimento anaeróbio facultativo. Podem utilizar oxigénio ou um componente orgânico como aceptor final de eletrões, sendo um atributo valioso porque permitem que esses fungos sobrevivam em vários ambientes. Se é dado acesso a oxigénio, as leveduras respiram aerobicamente para metabolizar hidratos de carbono formando dióxido de carbono e água; na ausência de oxigénio elas fermentam os hidratos de carbono e produzem etanol e dióxido de carbono.

Utilização

Saccharomyces cerevisiae, S. ellipsoideus e S. calbergensis, são agentes normais da fermentação alcoólica utilizada na fabricação de vinhos, cervejas e fermentos.

Zygosaccharomyces, tem capacidade de se desenvolverem em líquidos com alta concentração de açúcar. E por isso, responsáveis pela deterioração de mel, melaço e xaropes.

Schizosaccharomyces, muito comum na superfícies de frutos, no solo, no bagaço e em substratos.

Picchia, Hansenula e Debaryomyces responsáveis pela formação de filme na superfície de líquidos de origem vegetal, ácidos.

Endomyces vernalis , utilizável na síntese de produtos graxos.

Endomyces fiberliger, levedura capaz de produzir amilase.

Porque serão as leveduras nossas amigas?

- Na fermentação alcoólica onde há fabricação de vinhos, cervejas e fermentos; (as leveduras utilizadas são: Saccharomyces cerevisiae, S. ellipsoideus e S. Calbergensis). As leveduras degradam a glicose, transformando-a em energia. Neste caso, o ácido pirúvico proveniente da glicólise, é descarboxilado e reduzido, transformando-se em etanol. Desta maneira, dá-se a passagem do sumo de uva para o vinho.

- Na produção de iogurtes, e queijos, as leveduras produzem ácido láctico. As leveduras degradam a glicose, o ácido pirúvico é descarboxilado e transformado em ácido láctico.

- As leveduras, também são importantes fontes de proteína e de factores de crescimento, passíveis de serem utilizadas na alimentação animal e, mesmo, humana.

Muitas espécies de fungos têm sido testadas e utilizadas para a produção de substâncias de interesse industrial ou médico. O etanol, ácido cítrico, aminoácidos, vitaminas, nucleotídeos e polissacarídeos são exemplos de metabólicos primários produzidos por fungos, enquanto que os antibióticos constituem importantes metabólicos secundários.

Novos aspectos biotecnológicos têm sido explorados, inclusive de carácter ambiental, ou seja, os fungos podem actuar como agentes benéficos à melhoria do meio ambiente: Tratamento de resíduos líquidos e biorremediação de solos poluídos; mineralogia e biohidrometalurgia; produção de biomassa, incluindo proteína comestível; tecnologia de combustíveis, particularmente na solubilização de carvão; e emprego em controlo biológico.

Mas por outro lado…elas também podem ser mazinhas!

Apesar de todos os benefícios das leveduras, elas por vezes não são tão nossas amigas. Podem provocar doenças dolorosas, como micoses, rinites, bronquites e asma; e manifestarem-se como pragas nos meios de agricultura, como nas frutas e nas plantas, visto que são atraídas por meios com açúcar. É por esta razão que as leveduras se enquadram no símbolo de perigo biológico.

As micoses são infecções na pela, unhas, ou outros sítios húmidos, provocadas pelos fungos. O nosso organismo está em equilíbrio com esses fungos, visto que estes residem na parte das células mortas da nossa pele. Por vezes abre-se uma “porta” para dentro do organismo, o fungo entra e gera uma infecção.

As pragas tanto podem ser a nível da folha ou do fruto, os fungos entram e “comem” ou degradam tudo à sua volta.

Em suma, eu e a minha irmã (fizemos este trabalho juntas) concluímos que as leveduras são essenciais no nosso dia-a-dia, a sua utilização tem vindo aumentar devido às novas investigações no âmbito da ciência. Graças a elas, produzimos alimentos e medicamentos, e combatemos a poluição, entre muitas outras coisas. Contudo, a negligência face à utilização indiscriminada das leveduras poderá levar a um surte de doenças provocadas por elas.

domingo, 11 de novembro de 2007




Determinação do pH:



A determinação do pH é uma das mais comuns e importantes no contexto da química da água. No campo do abastecimento de água o pH intervém na coagulação química, controle da corrosão, abrandamento e desinfecção. No âmbito do tratamento de água residuais por processos químicos ou biológicos o pH deve ser mantido em faixas adequadas ao desenvolvimento das reacções químicas ou bioquímicas do processo. No tratamento de lodos de estações de tratamento de esgotos, especificamente através da digestão anaeróbia, o pH se constitui num dos principais factores de controlo do processo.
Em lagoas e reservatórios de estabilização de esgotos o aumento do pH, como consequência da fotossíntese de algas, desempenha importante papel na eliminação de organismos patogénicos.
Do ponto de vista analítico o pH é um dos parâmetros mais importantes na determinação da maioria das espécies químicas de interesse tanto da análise de águas potáveis como na análise de águas residuais. Apresenta relações fundamentais com acidez e alcalinidade de modo que é praticamente impossível falar destas sem ter aquele em mente.
A determinação do pH é feita electroliticamente com a utilização de um potenciómetro e eléctrodos. O princípio da medição eletrométrica do pH é a determinação da actividade iónica do hidrogénio utilizando o eléctrodo padrão de hidrogénio, que consiste numa haste de platina sobre a qual o gás hidrogénio flúi a uma pressão de 101 kPa. O eléctrodo de hidrogénio, no entanto, não é bem adaptado para uso universal especialmente em trabalho de campo ou em soluções contendo espécies químicas contaminantes do eléctrodo.


O MEDIDOR DE pH



O sistema medidor de pH ou pH-metro consiste de um potenciómetro (aparelho medidor de diferença de potencial), um eléctrodo de vidro, um eléctrodo de referência e um sensor de compensação de temperatura. Para a maioria dos instrumentos existem dois controles importantes:
- O controle de desvio lateral (intercept) usado para corrigir desvios laterais da curva potencial do eléctrodo de pH em função do pH, com relação ao ponto isopotencial. A calibração do instrumento com uma solução tampão de pH 7 é uma aplicação prática de correcção de desvio lateral;
- O controle de inclinação (slope) usado para corrigir desvios de inclinação, devidos por exemplo à influência da temperatura, promove uma rotação da curvatura do eléctrodo em torno do ponto isopotencial (pH = 7 e E = 0). Na prática, para evitar a inclinação da curva, para uma dada temperatura deve-se calibrar o eléctrodo com a solução tampão de pH = 7 (correcção do desvio lateral) e, em seguida, com auxílio de um outro tampão promover o ajuste da inclinação.
Os ajustes dos desvios laterais e de inclinação utilizando soluções tampões padrões constituem os procedimentos básicos de calibração instrumental para a determinação de pH .



Para determinar o pH é necessário:



(a) PH-metro com capacidade para leitura de diferença de potencial ou pH, numa escala de 0 a 14, com precisão mínima de 0,1 unidade de pH e preferencialmente de 0,01 pH;
(b) Eléctrodo sensor de temperatura;
(c) Eléctrodo de referência conforme a necessidade e compatível com o modelo do pH-metro;
(d) Eléctrodo de vidro ou combinado conforme a necessidade e compatível com o modelo do pH-metro;
(e) Agitador magnético com hastes revestidas com teflon;
(f ) Câmara de fluxo para testes que envolvam medição contínua ou em soluções fracamente tamponadas.


Sabias que....



ELÉTRODO DE VIDRO
O eléctrodo de vidro (Figura 1) é um bulbo construído em vidro especial contendo uma solução de concentração fixa (0,1 ou 1 M) de ácido clorídrico (HCl) ou uma solução tamponada de cloreto em contacto com o eléctrodo de referência interno, normalmente constituído de prata revestida de cloreto de prata, que assegura um potencial constante na interface da superfície interna do sensor com o electrólito. O elemento sensor do eléctrodo, situado na extremidade do bulbo, é constituído por uma membrana de vidro que, hidratada, forma uma camada de gel, externa, selectiva de ião hidrogénio. Essa selecção é, de fato, uma troca de iões sódio por iões hidrogénio os quais formam uma camada sobre a superfície do sensor. Além disso, ocorrem forças de repulsão de aniões por parte do silicato, negativamente carregado, que está fixo no sensor. Ocorre, na camada externa do sensor, a geração de um potencial que é função da actividade do ião hidrogénio na solução.

ELÉTRODO DE REFERÊNCIA
O eléctrodo de referência consiste de uma meia célula de potencial constante e determinado. No interior de um bulbo (Figura 2) o elemento de referência acha-se imerso num electrólito a qual entra em contacto com a amostra através de junção (líquida) ou diafragma por onde se forma uma ponte salina a qual deve desenvolver um potencial de junção mínimo possível. O eléctrodo de referência é bastante útil nas determinações potenciométricas de pH, potencial de oxi-redução (POR) e espécies iónicas específicas as quais se baseiam na medida de diferença de potencial entre o eléctrodo específico e o eléctrodo de referência. Os eléctrodos de referência mais comuns usados são calomelano (Hg / Hg2Cl2) e prata/cloreto de prata.

ELETRODO COMBINADO

A utilização de um par de eléctrodos sempre se impõe para a determinação de iões específicos e de pH em soluções viscosas e suspensões coloidais. O eléctrodo de vidro combinado ilustrado na Figura 3 é um eléctrodo compacto no qual o eléctrodo de vidro se encontra envolvido pelo eléctrodo de referência de prata/cloreto de prata. É um eléctrodo adequado para a maioria das aplicações de laboratório sendo mais fácil de manusear que o par de eléctrodos separados. Os eléctrodos combinados mais recentes têm também um sensor de temperatura integrado útil na compensação automática de leituras de temperatura de diferentes amostras.

Indicadores de pH

Inúmeros processos químicos, dependem directamente do controle da concentração de iões H+ (pH) no meio reactivo, este controle pode ser feito por potenciómetros.

Para processos onde esta medida não seja adequada (uma reacção com reagentes tóxicos, por exemplo) substâncias químicas que forneçam indicação visual são de extrema utilidade, substâncias estas chamadas indicadores.

A primeira teoria sobre os indicadores, dita teoria iónica dos indicadores, é creditada a W. Ostwald (1894), tendo como base a teoria da dissociação electrolítica iónica dos indicadores. Segundo esta, os indicadores são bases ou ácidos fracos cuja cor das moléculas não-dissociadas difere da cor dos respectivos iões.


O comportamento destas moléculas pode ser resumido como:

Indicadores Ácidos: possuem hidrogénio (s) ionizável (eis) na estrutura, quando o meio está ácido (pH <7),> 7), os hidrogénios do indicador são fortemente atraídos pelos grupos OH- (hidroxilo) para formarem água, e neste processo são liberados os aniões do indicador (que possuem coloração diferente da coloração da molécula).

Indicadores Básicos: possuem o grupo ionizável OH- (hidroxilo), portanto, em meio alcalino (pH>7) as moléculas do indicador "são mantidas" não-ionizadas, e em meio ácido (pH<7)>





Fonte:www.profcupido.hpg.ig.com.br/ph_e_poh.htm